Euronext Lisbon Awards 2022

Back

Já são conhecidos os nomeados e vencedores da edição de 2022 dos Euronext Lisbon Awards.

Criados em 2011, os Euronext Lisbon Awards procuram distinguir emitentes, intermediários financeiros, e outras instituições e pessoas que, no ano anterior à atribuição, se destacaram no mercado de capitais.

Parabéns aos nomeados e vencedores!

Equity Champion – Blue Chip

  • Jerónimo Martins
  • Sonae SGPS - VENCEDOR
  • The Navigator

Equity Champion – SME

  • CTT - VENCEDOR 
  • Impresa
  • Ramada Investimentos e Indústria

Issuer of the Year

  • EDP Renováveis – Aumento de Capital de EUR 1,5 Bn - VENCEDOR ex aequo
  • GreenVolt – IPO - VENCEDOR ex aequo
  • Mota-Engil – Emissão de Sustainability-linked Bonds

Market Member

   Market Member in Equity

  • Hudson River
  • JP Morgan
  • Morgan Stanley Europe - VENCEDOR

   Local Market Member in Equity

  •  Banco BIG
  • CaixaBank / Banco BPI
  • Millennium BCP - VENCEDOR

 Market Member in Bonds

  • CaixaBank / Banco BPI
  • Florint
  • Oddo BHF - VENCEDOR 

 Growing Structured Finance

  • Citigroup
  • Millennium BCP - VENCEDOR
  • Société Générale

Book Runner

   Equity

  • Caixa Banco de Investimento
  • Citigroup Global Markets Europe - VENCEDOR ex aequo
  • Morgan Stanley Europe - VENCEDOR ex aequo

   Bonds

  • Banco BPI
  • Crédit Agricole CIP - VENCEDOR
  • Deutsche Bank

   Research House

  • Banco Santander
  • Caixa Banco de Investimento
  • CaixaBank / Banco BPI
  • JB Capital – VENCEDOR

Law Firm

   Equity

  • Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados - VENCEDOR
  • Vieira de Almeida & Associados

   Bonds

  • Departamento Jurídico Banco BPI
  • PLMJ
  • Vieira de Almeida & Associados - VENCEDOR

Investment Fund Portugal*

  • BPI Portugal, BPI Gestão de Ativos
  • IMGA Ações Portugal, IM Gestão de Ativos - VENCEDOR
  • Santander Ações Europa, Santander Asset Management

Finance for the Future

  • Mota-Engil - Emissão de Sustainability-linked Bonds - VENCEDOR
  • Navigator: Emissão de Sustainability-linked Bonds

Market Promotion

  • APPII: Eventos de promoção do mercado de SIGIs em Portugal
  • CaixaBank / Banco BPI: Conferência Ibérica
  • JB Capital e Phoenix Investor Relations: Conferência Portugal & Espanha - VENCEDOR

Media Article

  • "É urgente passar à ação", Sónia Santos Dias, Jornal de Negócios
  • "O pequeno investidor está a domar o touro?", Rui Barroso, Nuno Aguiar, Exame/Visão - VENCEDOR
  • "SPAC. Primeiro vem o bolo (de dinheiro) e só depois o casamento (com uma empresa)", Pedro Garcia, Expresso

Sustainable Finance

  • AEM: Newsletter Sustainable Knowledge
  • BCSD -  Portal sustainablefinance.pt - VENCEDOR
  • CIDP: I Jornadas do Investimento Sustentável
  • VdA & NOVA SBE: Programa Intensivo em Sustainable Finance

Settlement & Custody

  • Banco BIC Português
  • Banco BPI
  • Banco Santander - VENCEDOR

 

* Este prémio é desenvolvido em parceria com a APFIPP, que contribui para a definição dos critérios e dá o suporte técnico ao apuramento anual do vencedor.

Os Euronext Lisbon Awards são atribuídos com o apoio de um júri, composto pelos membros do PSI 20 Committee.   

 

Breve descrição das categorias Euronext Lisbon Awards

Equity Champion | Destaca-se a empresa cotada com o maior retorno total, refletindo a evolução dos preços das ações e o pagamento de dividendos. São elegíveis as empresas cotadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon, incluindo as empresas estrangeiras. As empresas cujo turnover velocity seja inferior a 10%, bem como as que apresentem desempenho negativo, não são elegíveis. Este prémio é atribuído em duas categorias: Blue Chip e SME. Para efeitos de atribuição deste prémio, uma empresa é considerada Blue Chip se apresentar, no final do ano anterior, uma capitalização bolsista igual ou superior a €1.000 milhões de euros, e é considerada SME se apresentar uma capitalização bolsista inferior a esse montante.

Issuer of the Year | É distinguida a Entidade Emitente que realizou a operação com maior relevância e visibilidade no mercado de capitais português.

Market Member | É distinguido o membro com o maior valor (€) negociado na Euronext Lisbon, nos valores mobiliários identificados nesta categoria (Ações e Obrigações).

Growing Structured Finance | É distinguido o membro que gerou maior crescimento dos valores mobiliários identificados nesta categoria (Derivados, ETFs, e produtos estruturados).

Book Runner | O vencedor é o intermediário financeiro colocador com o maior número de emissões e montantes colocados nos valores mobiliários identificados nesta categoria, cotados na Euronext Lisbon. São elegíveis as ofertas iniciais e ofertas subsequentes. Em colocações sindicadas, apenas os intermediários financeiros líderes são selecionados.

Research House | O vencedor é escolhido em função do nível de cobertura das ações cotadas na Euronext Lisbon, examinando o número de empresas avaliadas e relatórios publicados por cada Research House no ano em análise, bem como a respetiva equipa dedicada e alocada para o efeito.

Law Firm | É selecionada a firma de advogados mais ativa, considerando os montantes e o número de emissões de ações e obrigações cotadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon em que estiveram envolvidas. Caso duas ou mais firmas estejam envolvidas na mesma emissão, ambas são consideradas.

Investment Fund Portugal | É reconhecido o fundo de investimento / fundo de pensões aberto que tenha realizado o maior esforço do investimento em ações cotadas nos segmentos da Euronext Lisbon, relativamente à sua carteira inicial de ações nacionais. Este prémio é desenvolvido em parceria com a APFIPP, que contribui para a definição dos critérios e dá o suporte técnico ao apuramento anual do vencedor.

Finance for the Future | Categoria aberta a todas as iniciativas, incluindo produtos, serviços, eventos ou outras, que se distingam pela inovação no mercado de capitais português. Esta categoria carece de submissão de candidatura.

Market Promotion Initiative | Distingue o evento de promoção do mercado de capitais português que revela maior impacto, avaliado, tanto quanto possível, por critérios objetivos, nomeadamente pelo número de participantes, meios envolvidos, e cobertura mediática. Esta categoria carece de submissão de candidatura.

Media Article | Distingue o melhor artigo publicado sobre mercado de capitais, avaliado por critérios de relevância, oportunidade, profundidade e rigor. Os candidatos têm de ser jornalistas com carteira profissional válida à data da publicação (que deverá estar anexa à candidatura). São admitidos os artigos publicados em qualquer formato (papel, online, vídeo) que tenham alguma referência ao mercado de capitais português, no período em análise no ano anterior. Esta categoria carece de submissão de candidatura.

Sustainable Finance | Distingue a iniciativa, projeto, evento, programa e/ou produtos relacionados que revele maior impacto positivo em matérias ambientais, sociais ou de governo da sociedade. Esta categoria carece de submissão de candidatura.

Settlement & Custody | É selecionado o Intermediário Financeiro que efetuou o maior número de emissões de ações e obrigações registados na Interbolsa (e não admitidas à negociação), ponderado pelos respetivos montantes.

  

Regime Jurídico das SIMFE: O que mudou

Back

As sociedades de investimento mobiliário para fomento do mercado (SIMFE) criadas com o objetivo de possibilitar um alargamento da base dos financiadores a PMEs através do acesso a financiamento em mercado de capitais, constituem um veículo por excelência na captação de investimento para apoio destas. O investimento pode ser efetuado diretamente através da participação nas empresas-veículo ou indiretamente através da participação em empresas financiadas.  

Decorridos três anos da aprovação do regime jurídico das SIMFE[1], constatou-se que o mesmo merecia uma reflexão mais profunda[2] de forma a tornar o seu regime mais atrativo, mais flexível e com mais oportunidades. 

A presente revisão abre caminho à dinamização deste veículo de investimento e nesta medida importa destacar as principais alterações do novo regime. 

O legislador entendeu que não se justificava a manutenção da qualificação das SIMFE enquanto organismos de investimento coletivo alterando a sua qualificação jurídica para o regime do capital de risco. Com esta medida, as SIMFE transitam de um regime tipicamente menos ágil dos organismos de investimento coletivo para o do capital de risco com a principal manifestação num regime fiscal mais atrativo quer para a sociedade quer para os seus acionistas. 

A entrada no mercado também se vê alargada pois se antes as ações representativas do capital social das SIMFE apenas podiam estar admitidas à negociação em mercado regulamentado com a revisão estende-se a possibilidade de admissão à negociação a sistema de negociação multilateral em Portugal. Verifica-se, assim, a clara intenção de permitir mais oportunidades de sociedades que queiram entrar no mercado de capitais que optem por ter as suas ações admitidas num mercado que não o regulamentado. Nesta linha, e pela imposição legal de findo um ano após a sua constituição as SIMFE terem que ter as suas ações admitidas à negociação poder ser um fator dissuasor de entrada no mercado a revisão permite que a CMVM possa estender o prazo por mais seis meses em ambos os mercados.  

Adicionalmente, as entidades públicas ou privadas, incluindo municípios, podem agora deter em contitularidade ações representativas do capital social das SIMFE. Igualmente, as SIMFE podem deter em contitularidade com entidades públicas ou privadas instrumentos financeiros ou ativos. 

No âmbito da gestão de carteira das SIMFE salienta-se : 

  • A oportunidade de investimento em empresas de maior dimensão – com a capitalização bolsista média inferior de €50.000.000 alterada para €100.000.000 – quer em mercado regulamentado quer em sistema de negociação multilateral;  

  • Um alargamento do âmbito dos ativos elegíveis na composição do património das SIMFE, passando a incluir valores mobiliários representativos de dívida ou quase-capital emitidos por empresas elegíveis ou através de créditos concedidos a sociedades em que as SIMFE participem ou em que se proponham participar, e  

  • A flexibilização dos limites mínimos e máximos da carteira de ativos elegíveis, com os limites mínimos de investimento a aumentarem de 15% para 30% na detenção de ativos emitidos por empresas elegíveis, incluindo em relação de grupo e do limite máximo da obrigação de investimento em ações e outras partes sociais representativas do capital de empresas elegíveis  diminuir de 50% para 20%. 

Vemos, assim, com alguma expectativa, que esta medida legislativa constitua mais um eixo na dinamização do mercado de capitais e do acesso das empresas a este mercado.  

 

[1] Pelo Decreto-Lei n.º 77/2017, de 30 de junho

[2] Com a aprovação do Decreto-Lei n.º 72/2021, de 16 de agosto

PE Share - balanço de 2021

Back

Irão decorrer ao longo do ano, diversas iniciativas de acompanhamento e seguimento da primeira edição do PE Share, organizada em parceria com PLMJ.

À semelhança do que acontece nos programas direcionados para as empresas tecnológicas (TechShare) ou para as empresas familiares (FamilyShare), o PE Share é vocacionado para operadores de capital de risco e tem como objetivo explorar possíveis operações no mercado de capitais pelas empresas que estes operadores têm em carteira.

Em 2021 foram realizadas 6 reuniões individuais com operadores de relevo no mercado nacional, das áreas de venture capital e private equity, e um webinar para outros operadores, com feedback positivo por parte de todos os participantes.

Markets

TechShare arranca no dia 25 de janeiro

Back

A 7ª edição do TechShare arranca no dia 25 de janeiro, a partir do Centro Technológico da Euronext, no Porto.

Neste dia, a Euronext dará as boas-vindas aos novos participantes que este ano integram o programa dirigido às empresas tecnológicas que considerem o financiamento através do mercado de capitais. Findo o prazo de candidatura, e das 26 empresas que se propuseram participar, 6 foram selecionadas e vão agora iniciar uma série de sessões programadas, individuais e coletivas, com a Euronext e os seus parceiros especialistas, para discutirem tópicos relacionados com áreas fundamentais para a preparação de uma admissão em mercado. Os parceiros da Euronext para este ano são o Caixa Bank / BPI (banco), a CV&A (comunicação), a Morais Leitão (jurídico) e a PwC (consultoria).

O programa está estruturado em vários módulos que se complementam, em que são abordados temas como o processo de avaliação das empresas, a comunicação financeira, a relação com os investidores, a perspetiva jurídica, e o governo das sociedades, entre outros. Para além do diálogo com os parceiros especialistas, o programa favorece o contato com os outros participantes, nomeadamente nos campus de início e final do ano letivo. Nestes campus, onde se reúnem todas as empresas e todos os parceiros da Europa, são também convidados especialistas internacionais, académicos e empresários, para partilharem as suas experiências no âmbito da importância da mentalidade empreendedora, do crescimento, da internacionalização, da gestão, e da atração e retenção de talentos.

O TechShare é um programa gratuito para as empresas participantes. As candidaturas decorrem todos os anos, entre maio e outubro, e estão abertas a todas as tecnológicas que considerem que o financiamento do seu crescimento pode ser feito através do mercado de capitais.

IPO Days - Meet your next investors

Back

A Euronext organizou a primeira edição do “IPO Days”, com o mote “Meet your Next Investors”. No final do ano, 11 empresas nacionais não cotadas, de setores diversos, reuniram presencialmente com 11 bancos e investidores institucionais, de presença nacional e global.   

As cerca de 50 reuniões que decorreram neste dia dedicado a IPO, permitiram iniciar ou continuar um diálogo entre os intervenientes, com o objetivo de explorar operações futuras no mercado de capitais.  

O feedback dos participantes foi positivo, tendo sido envidenciada a importância do formato presencial escolhido, bem como as condições ofererecidas pelas instalações onde o evento decorreu – o CEiiA, em Matosinhos.

Pretende-se que esta iniciativa, que iremos voltar a organizar em 2022, seja um catalisador do interesse das empresas e investidores na bolsa nacional. 

IPO days

Opções sobre ações portuguesas

Back

A Euronext vai lançar, pela primeira vez, opções sobre 4 das ações mais líquidas no mercado português: EDP, a EDP Renováveis, a Galp Energia e a Jerónimo Martins (SSO - Single Stock Options).

Esta estreia vai acontecer durante o primeiro trimestre do ano, e a expectativa é que estes produtos possam ser uma ferramenta adicional de investimento para  os investidores internacionais e nacionais, de acordo com as suas respetivas estratégias de mercado. As referidas opções serão listadas na Euronext Lisbon, liquidadas pela Euronext Securities Porto e compesadas pela LCH, e terão maturidades de 1, 2 e 3 meses.

E-learning sobre Investimento em Opções

As opções podem parecer complicadas ou confusas para muitos investidores. Para ajudar os investidores a dominar os conceitos básicos de investimento em opções desenvolvemos uma série de filmes designada “E-learning sobre Investimento em Opções” (“Options Investing E-Learning”) que poderá ser consultada aqui.

Identificação de titulares – a implementação da Diretiva dos Direitos dos Acionistas

Back

Em 3 de setembro de 2020, a Euronext Securities Porto implementou as alterações necessárias decorrentes da entrada em vigor da Diretiva dos Direitos dos Acionistas II, a qual pretende garantir uma melhor proteção do exercício dos direitos dos acionistas nas empresas admitidas à negociação.  

Assim, e em cumprimento dos requisitos definidos, a Euronext Securities Porto disponibiliza às Entidades Emitentes um serviço que facilita a identificação de titulares de forma a permitir receber a informação dos vários intermediários na cadeia de intermediação, e obter a identificação dos investidores finais bem como a notificação das assembleias gerais criando os mecanismos necessários para a receção do pedido de divulgação da convocatória da assembleia geral pela Emitente e a sua notificação aos participantes da Euronext Securities Porto. 

A Euronext Securities Porto disponibiliza este serviço para as ações, quer se encontrem ou não admitidas à negociação, bem como para quaisquer outros valores mobiliários nominativos integrados em sistema centralizado. Este serviço visa facilitar o exercício dos direitos inerentes aos valores mobiliários em causa pelos investidores finais e, no caso das ações, possibilita um maior envolvimento dos mesmos na vida das sociedades, apresentando-se, assim, como um verdadeiro e real incentivo ao crescimento do mercado de capitais nacional.  

Mais informação sobre a SRD II pode ser consultada no site da Euronext Securities Porto. 

Fit for 1.5º | Empower Sustainable Finance

Back

O Grupo Euronext apresentou no dia 9 de Novembro o seu Plano Estratégico para os próximos três anos, designado “Growth for Impact 2024”. Um dos pilares deste plano designa-se por “Empower Sustainable Finance” e tem o foco no desenvolvimento das finanças sustentáveis. Neste âmbito, o Grupo Euronext assume o compromisso de se alinhar com os objectivos do Acordo de Paris, pela medida mais restrita de contribuir para não ultrapassarmos um aumento de temperatura de 1,5˚C. Nas próximas semanas, a Euronext irá publicar os objectivos quantitativos, validados e certificados pela Science Based Targets Initiative (SBTI).

Para atingir essas metas, o Grupo Euronext irá levar a cabo um conjunto vasto de iniciativas, e irão ser lançados novos produtos e serviços que apoiem as empresas e os investidores a atingirem os seus próprios objectivos climáticos. Designadamente, lançaremos duas iniciativas: o “Climate Transition Segment” (para as empresas emitentes que tenham assumido compromissos no âmbito do SBIT) e a “Taxonomy Aligned Flag” (para as empresas que reportem informação de acordo com a Taxonomia Europeia). Estas iniciativas destinam-se a dar mais visibilidade e credibilidade às empresas que assumirem objectivos climáticos mais ambiciosos, enquanto procuramos igualmente incentivar as restantes a seguirem também esse caminho. Será ainda criada secção dedicada às emissões de obrigações alinhadas com a trajetória 1,5º.

No âmbito da mobilização da poupança para o investimento em mercado de capitais, com impactos positivos na sustentabilidade, a Euronext continua o trabalho de desenvolvimento de índices com critérios ESG e também versões alinhadas com o Acordo de Paris. Estas novas famílias de índices, a que se juntam contratos de derivados (futuros e opções), permitirão acelerar o financiamento de actividades de descarbonização de activos, a par de facilitar a gestão dos riscos relacionados com as alterações climáticas.

 

COP26: Expectativas para os mercados financeiros

Back

A conferência para as alterações climáticas, COP26, traduziu-se num acordo entre 197 países, que decidiram um conjunto adicional de compromissos e regras para limitar as emissões de gases com efeito de estufa, e proteger o ambiente e a biodiversidade.

Uma das conclusões marcantes desta conferência foi de que é preciso mobilizar mais financiamento para a mitigação e adaptação do planeta às alterações climáticas. Os compromissos financeiros dos governos e instituições financeiras internacionais tem que aumentar, mas também é necessário mobilizar mais capital privado.

A mobilização de capital privado exige informação sobre entidades e projectos, de elevada qualidade, consistência e comparabilidade, não apenas em matéria climática, mas também sobre outros factores de sustentabilidade. E tem sido largamente apontado pelos intervenientes no mercado, que é necessário desenvolver standards/padrões adequados e respeitados por todos, globalmente. Nesse sentido, deve ser realçada a criação do International Sustainability Standards Board (ISSB), que tem como objectivo desenvolver padrões globais de reporte de informação, primeiro em matéria climática e depois sobre outros factores de sustentabilidade. Esta iniciativa poderá contribuir para o crescimento de um mercado de finanças sustentáveis credível e que ajude os investidores na sua apreciação do valor das empresas e nas decisões de investimento.

A redução das emissões de carbono tem de passar pela definição de incentivos claros, quer para as entidades com níveis mais elevados de emissões e que têm de reduzi-las, quer para aquelas que podem eliminar ou compensar essas emissões (por exemplo, através de plantações de árvores ou de sistemas industriais de captura de carbono). O desenvolvimento de um mercado de carbono verdadeiramente global, com regras claras e aceites por todos, pode ser um incentivo relevante para endereçarmos os desafios climáticos. A COP26 conseguiu, nestas duas semanas, e após seis anos de negociação, concluir um acordo sobre as chamadas regras do Artigo 6.º do Acordo de Paris, que visam estabelecer um novo mercado global de carbono. Estas regras detalham uma estrutura para a negociação de créditos que representam uma tonelada de carbono a ser reduzida ou removida da atmosfera. O desenvolvimento deste mercado deverá atrair mais fundos para investimentos que geram esses créditos – por exemplo, projectos de plantação de zonas verdes ou sistemas mecânicos de captura de carbono – que serão adquiridos por todas as entidades que procurem compensar as suas emissões de CO2. Estes desenvolvimentos poderão constituir um pilar importante no desenvolvimento de soluções de mercado e na oferta de instrumentos financeiros relacionados.

Embora o acordo alcançado possa ter ficado aquém das expectativas e das exigências do desafio que enfrentamos, as reacções de muitos executivos internacionais foram positivas. Curiosamente, constata-se que têm sido as empresas e o sector privado que parecem estar a fazer o maior esforço no sentido da assunção de compromissos claros e determinados. No mundo financeiro, é de destacar o compromisso da Glasgow Financial Alliance for Net Zero, composto por bancos, seguradoras e gestores de activos (com carteiras no valor de 130 biliões de dólares) de reduzirem as emissões associadas às suas carteiras para zero em meados do século.

O Grupo Euronext apresentou no dia 9 de Novembro o seu Plano Estratégico para os próximos três anos, designado “Growth for Impact 2024”. Um dos pilares deste plano tem o foco no desenvolvimento das finanças sustentáveis, e intitula-se “Empower Sustainable Finance”. Neste âmbito, e pela primeira vez, o Grupo Euronext assume o compromisso de se alinhar com os objectivos do Acordo de Paris, pela medida mais restrita de contribuir para não ultrapassarmos um aumento de temperatura de 1,5˚ C. Este compromisso traduzir-se-á na publicação de objectivos quantitativos, validados e certificados pela Science Based Targets Initiative (SBTI).

Em suma, e no que se refere à evolução dos mercados e instrumentos relacionados com as finanças sustentáveis, a COP26 produziu avanços, que os actores dos mercados financeiros e de capitais e as empresas em geral deverão alavancar. Considerando os enormes montantes de financiamento que serão necessários para enfrentarmos a transição energética e o desafio climático, os mercados de capitais terão de, e irão ser uma parte crítica da solução.

 

Growth for Impact 2024

Back

O Grupo Euronext apresentou em Novembro o novo plano estratégico, “Growth for Impact 2024”, que define a ambição do grupo de construir a infraestrutura de mercado líder na Europa.

O Growth for Impact 2024 é construído em torno de cinco prioridades estratégicas: alavancar a cadeia de valor integrada, “pan-europeizar” as CSDs, desenvolver a liderança do Grupo Euronext na Europa, capacitar as finanças sustentáveis ​​e executar fusões e aquisições com criação de valor.

Consulte aqui o detalhe da estratégia para os próximos 3 anos.